A 5a edição do Guia PMBOK, referência em melhores práticas de gerenciamento de projetos, já está disponível para revisão no site do PMI.
Já velho conhecido nosso, o Guia PMBOK chega a ser confundido com gerenciamento de projetos e até com gerente de projetos. Alguns chamam de “metodologia do PMI”, outros dizem que vão implantar o PMBOK ou então que desejam contratar um gerente de projetos formado em PMBOK.
Bem, o Guia PMBOK compila um conjunto de práticas em gerenciamento de projetos amplamente reconhecidas e utilizadas. Sua primeira edição foi publicada em 1996, dando forma à disciplina de gerenciamento de projetos, criando um vocabulário próprio e buscando identificar as melhores práticas na área.
O Guia PMBOK é, portanto, um guia. Não é uma metodologia, não provê um passo-a-passo para gerenciar projetos. Ele apenas categoriza as melhores práticas em grupos de processos, áreas do conhecimento e processos com suas respectivas entradas, saídas, ferramentas e técnicas.
Cada organização pode criar sua própria metodologia alinhada ao Guia PMBOK, se quiser. Existem outras metodologias, obviamente, como PRINCE2. A Methodware é uma metodologia alinhada com o Guia PMBOK, por exemplo.
Tanto no Guia PMBOK 4a edição quanto na 5a edição, temos cinco grupos de processos:
Cada grupo de processo possui seus processos específicos, que estão divididos em áreas do conhecimento. No Guia PMBOK 4a edição, temos 9 áreas do conhecimento e 42 processos.
O Guia PMBOK 5a edição inovou trazendo a área Gerenciamento das Partes Interessadas. Além disso, agora teremos 47 processos, em vez de 42 da edição anterior. Para quem já estava familiarizado com a 4a edição, as mudanças foram as seguintes:
Como ainda não saiu a versão oficial do Guia PMBOK 5a edição, que está em revisão, pode haver alguma alteração. Além disso, a tradução dos novos processos também não é oficial, já que o draft por enquanto é apenas em inglês.
O Guia PMBOK 5a edição traz ainda o conceito de agregar valor, reforçando a importância de gerenciar os benefícios dos projetos para a organização, assunto intimamente relacionado com o gerenciamento de portfólio e com o planejamento estratégico. Afinal, os objetivos estratégicos, em grande parte, são atingidos por meio da execução de projetos
Por outro lado, existem os aspectos operacionais e a função do GP, às vezes um pouco limitados à visão intra-projeto, o que nos levará a uma outra discussão no post da próxima semana: estratégia, execução e o papel do gerente de projetos.
Fonte: blog.mundopm.com.br